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Polícia

Suspeito de matar Ana Clara morre após ser baleado em GO, diz polícia

Luis Carlos Costa Gonçalves, de 35 anos, já foi vizinho da família da vítima. Corpo da criança, que estava desaparecida, foi achado em mata na GO-462

22/02/2017, às 15h02

O vendedor ambulante Luis Carlos Costa Gonçalves, de 35 anos, principal suspeito de matar a garota Ana Clara Pires Camargo, de 7 anos, foi morto após ser baleado durante um confronto com policiais, na tarde desta quarta-feira (22), em Goiânia.

Segundo a Polícia Civil, ele era conhecido e já foi vizinho da família da vítima. Atualmente, morava em um bairro próximo. Natural de Presidente Durtra (MA), ele trabalha revendendo blocos de notas para comerciantes do Setor Campinas e da Rua 44, no Setor Norte Ferroviário.

Em nota, a Polícia Militar informou que Luis Carlos foi localizado “no Setor Lorena Park, em Goiânia, na tarde de hoje por equipes do Serviço Reservado da Polícia Militar (PM2) e da Polícia Civil”. Segundo a corporação, na abordagem, o suspeito de matar Ana Clara “agiu de maneira violenta” e “durante o confronto foi atingido por disparos de arma de fogo vindo a óbito no local”.

O corpo da garota foi localizada nesta manhã, às margens da GO-462, por volta das 9h. Segundo funcionários do Instituto Médico Legal (IML), a mãe de Ana Clara está dentro de uma sala do local. Por volta das 14h40, eram feitos exames no corpo da menina. Ainda não há informações sobre as causas da morte.

O pai de Ana Clara, o subtenente do Corpo de Bombeiros Arlindo Sebastião Camargo, que esteve no local, disse que não esperava achar a filha, que estava desaparecida há 5 dias, sem vida. “Não é nada fácil encontrá-la assim. Tinha três anos que eu não a via, então está sendo muito difícil”, lamentou.

Ana Clara desapareceu no início da tarde da última sexta-feira (17), no Residencial Antônio de Carlos Pires, na capital. Segundo familiares, ela saiu para comprar um refrigerante, foi vista conversando com alguém em um carro prata, voltou para casa e almoçou.

Em seguida, saiu mais uma vez para entregar um dinheiro a uma vizinha. De acordo com a polícia, a menina esteve no local, mas não deixou o dinheiro. Ela desapareceu quando retornava para casa.

No local em que o corpo foi achado, que fica a cerca de 10 quilômetros de onde a criança sumiu, os policiais também acharam um VW Gol prata, que pode ser do suspeito do crime.

A perícia no veículo, que durou cerca de uma hora, encontrou um pacote contendo um composto químico ácido, não especificado, e um vidro de álcool.

A polícia destacou que as buscas foram complexas, já que a área é cercada por chácaras e fazendas. A corporação ainda não detalhou como o corpo foi localizado.

PM intervém ataque de vizinhos a suposta casa de suspeito de matar Ana Clara

Revolta
Vizinhos da menina tentaram invadir um sobrado que fica uma rua abaixo da casa da garota, no Residencial Antônio de Carlos Pires, nesta manhã. Segundo eles, o imóvel pertence ao vendedor ambulante. A Cavalaria da Polícia Militar estava no bairro e impediu a invasão.

O imóvel estava fechado e aparentemente vazio. Populares chutaram o portão e chegaram a abri-lo, mas a PM, que estava na região, chegou e impediu que a casa fosse depredada. Os agentes seguiam no local por volta das 11h30 tentando acalmar os moradores. Ninguém foi preso.

Uma vizinha, que não quer ser identificada, diz que viu Luis Carlos na rua da  casa de Ana Clara na terça-feira (21). Desde então, ele não foi mais encontrado.

Outra vizinha, a dona de casa Aparecida Simão Vaz Lima, de 57 anos, diz que todos estão muito nervosos com o crime.“A gente está muito revoltado. Uma criança indefesa, quem sabe o sofrimento que ele a fez ela passar. A gente pede pelo amor de seja feita justiça. Queremos justiça para Ana Clara”, disse.

Gol foi encontrado em área de mata em que Ana Clara foi achada morta

Desaparecimento
Ana Clara sumiu após ir até a casa da vizinha, Cláudia Helena do Nascimento. A mulher, que foi uma das últimas a ver a criança, disse que a garota ficou poucos minutos na casa dela e ressaltou que ainda não acredita no que aconteceu.

Na segunda-feira (20), a polícia realizou uma perícia na casa da criança. Segundo o delegado, foram recolhidas roupas que serão analisadas pela Polícia Técnico-Científica. Ele garantiu que, nas buscas feitas na residência, não encontrou vestígios de crime no local.

No mesmo dia, a mãe da criança implorou por notícias da filha. Naquela manhã, ela, familiares e vizinhos fizeram um protesto na porta da Deic, cobrando agilidade nas investigações.

Os colegas de classe e amigos de Ana Clara escreveram cartas para a criança relatando que sentem saudades da menina e desejando que ela voltasse logo. Segundo a professora da turma, Glaucia Wanderley Reis Wotkosky, todos na escola ficaram muito abalados com a notícia do sumiço dela.

Parentes e amigos fizeram a primeira manifestação ainda no domingo (19), pedindo pelo retorno da criança. Eles caminharam pelas ruas do setor Antônio Carlos Pires, fecharam a GO-462 por alguns minutos e liberaram em seguida. O grupo levava cartazes pedindo notícias da criança e que, se alguém estiver com ela, que a solte.

O ato aconteceu no dia do aniversário de 7 anos de Ana Clara. Enquanto caminhavam, os manifestantes cantaram parabéns em homenagem a ela.

Fonte: G1

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