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Manchete

Polícia conclui inquérito que apura morte de Vanessa Camargo

“Horácio Rozendo de Camargo Soares foi o único responsável pela morte da mulher”, afirma Delegado responsável pelo caso

04/10/2017, às 15h10

Polícia Civil divulga resultado final do inquérito que apura a morte de Vanessa Camargo. “Horácio Rozendo de Camargo Soares foi o único responsável pela morte da mulher”. A divulgação foi feita na tarde dessa quarta-feira (4/10) em Iporá. Após pouco mais de dois meses do fatídico dia 31 de julho de 2017, através de um Inquérito Policial com três volumes, materializado em 600 páginas foi finalizado o procedimento administrativo de investigação em torno do crime que vitimou Vanessa Camargo Soares, com um resultado conclusivo:

A investigação contou com 2 Delegados de Polícia e 6 investigadores que trabalharam exclusivamente neste caso, além dos trabalhos de pelo menos 7 Peritos e 1 médico legista, da Polícia Técnica Científica. Foram produzidas mais de 40 provas testemunhais, isso em um crime onde não houve testemunha ocular. “A principal testemunha nesse crime é a Prova”, diz o Delegado de Policia Ramon Queiroz, que conduziu essa investigação.

Segundo o Delegado, 90% dos homicídios são investigados tomando por base apenas provas testemunhais, que claro também são de grande valia. Mas quando se investiga tomando por base detalhes técnicos através de laudos periciais fortalece ainda mais a investigação. “Uma testemunha ocular pode muito bem mudar sua versão. A prova pericial é contundente.”

Ainda, segundo o Delegado, o papel da polícia, dos médicos legistas, da perícia especializada, foi de crucial importância para montar o quebra-cabeça, a recriação da cena do crime, a reconstrução dos fatos, para a materialização de elementos de informação suficientes visando subsidiar o Ministério Público, titular da Ação Penal. a denunciar o investigado, que, com frieza veio a tirar a vida de sua ex-esposa, estando essa ainda grávida e com frieza suficiente para, em seguida, inventar uma história desviando a verdadeira verdade sobre o crime, tentando fazer com que a polícia não descobrisse o que realmente tinha acontecido.

“Tem-se que ressaltar o brilhantismo da perícia técnica em desvendar os mistérios e recriar a história, chegando o mais próximo da verdade possível, construindo provas suficientes para um crime que não tinha testemunhas, pois das três pessoas envolvidas, uma foi morta, a outra, o filho do casal de apenas 1 ano e 8 meses que ainda não fala e HORACIO, que se dizia ser vítima tanto quanto Vanessa, já que segundo o mesmo teria ficado sob a mira de assaltantes.”

Sobre a investigação: São muitos detalhes colhidos durante a investigação que foram materializados nas 600 páginas do Inquérito Policial que levaram ao indiciamento de HORACIO e que são conhecidos com mais afinco por quem participou da investigação, bem como pelo advogado de defesa do investigado, Ministério Público e Poder Judiciário. Em resumo, apenas a título de informação para a Sociedade: Provas testemunhais foram importante para esclarecer que não houve moto ou motoqueiro seguindo o veículo do casal, conforme dito por Horácio, tendo a Policia conseguido localizar o único motoqueiro que andou atrás do carro na estrada de chão que liga Iporá a Ivolandia no dia do fato. Essa testemunha afirma que o referido veículo passou por ele em alta velocidade, chegando a buzinar para que saísse da frente e não houve outra moto atrás do referido veículo. Portanto, a história de Horácio de que um motoqueiro teria seguido o veículo e que, após o abandono do carro teriam empreendido fuga, foi desmistificada por prova testemunhal.

Para a Polícia, toda a história narrada por Horácio de que motoqueiros abordaram o casal é inverídica. A Reconstituição do Crime mostrou a dificuldade, se não, impossibilidade, de se falar em abordagem de uma moto a um veículo numa Rodovia a 110 km por hora. Análise de mais de 18 horas de imagens de câmeras de segurança mostraram que não houve qualquer perseguição ou acompanhamento do veículo desde o momento em que saíram de sua residência até o momento em que pegam a GO 060. Ou seja, na versão dada por Horacio, deveria ter ocorrido uma abordagem aleatoria na Rodovia, justamente do carro do casal, o que dificulta mais ainda haja vista que pouquíssimas pessoas sabiam que iriam para Goiânia, naquele dia e naquele horário.

A reconstituição conseguiu demonstrar ainda a impossibilidade de os ocupantes do veículo sequer visualizar uma arma de fogo naquele horário, estando os vidros fechados e tendo esses insulfime escuro. “Mal dá para ver ocupantes da moto.” Laudos periciais demonstraram que Horacio não esteve no banco de trás e muito menos no assoalho do veículo e para a Polícia essa afirmação dele foi apenas para justificar o fato do tiro ter sido disparado por quem estava a esquerda de Vanessa, tendo sido criado por ele a figura imaginável, de um assaltante que improvavelmente assume a direção do veículo com uma arma em punho. A Perícia conseguiu ainda demonstrar na investigação que VANESSA estava em total posição de conforto quando fora morta, com os pés cuidadosamente cruzados de como quem vai viajar e com a cabeça no encosto do banco, virada para a porta. Horacio havia afirmado que Vanessa teria discutido muito com o assaltante e que por isso teria sido alvejada. O Laudo Pericial consegue mostrar que Vanessa sequer viu quando foi alvejada e sua posição de total conforto ficou evidenciado. Há ainda muitos outros elementos que levaram a concluir a autoria de Horacio. Dados extraidos do GPS do aparelho celular mostrou exatamente o horário em que o carro fora abandonado próximo ao córrego Tapera, tendo com esse horário esclarecido vários pontos da investigação.

Sobre a motivação do crime, não ficou evidenciado qualquer relacionamento extraconjugal conforme levantado levianamente por várias pessoas. Vanessa era uma mulher muito correta e com o maior respeito ao marido. Exame de DNA mostrou que a filha que Vanessa esperava era sim de Horacio.

Para a Policia Civil a motivação está ligada a fatores pessoais: o casal não vivia bem como todos pensam ou pensavam, tendo Vanessa dito para suas pessoas mais próximas que iria se separar de Horacio. Vanessa chegou a dizer isso até mesmo para o próprio Horacio, que queria se separar, tendo tal separação não se concretizado quando a mesma ficara grávida. Para a Polícia, a motivação ainda está ligada principalmente por fatores patrimoniais: Horacio receberia com a morte de Vanessa, aproximadamente 200 mil reais em apólices de seguros de vida, feitos em nome de Vanessa.

Durante Cumprimento de Mandado de Busca e Apreensão e no dia da prisão de Horacio foi encontrado uma dessas apólices em uma gaveta de um armário no quarto de Horacio, bem como várias munições, entre essas, munições calibre 38, o mesmo calibre da munição utilizada no crime.

Especialista em Neuropsicologia da Policia Técnica conseguiu em Laudo Pericial traçar o perfil psicológico de Horácio. Tal exame foi requisitado justamente para tentar entender a tamanha frieza e calma que sempre foi presenciada pelos investigadores por parte de Horacio. Foi constatado por parte do Expert no assunto incoerência afetiva por parte do mesmo com a perda da esposa e nenhum sofrimento psiquico/emotivo ao falar do assunto, o que esta devidamente documentado.

A investigação Policial é apenas a primeira parte da persecução penal, que agora ficara a cargo do Ministério Público e do Poder Judiciário. Nosso sistema Processual Penal prevê que em casos de crime contra a vida, seja o acusado levado a um tribunal do juri, composto por membros da própria sociedade. É um direito e garantia fundamental previsto na Constituição, tendo sido o trabalho policial encerrado. O Delegado de Polícia agradece o empenho efetivo de sua equipe em solucionar esse caso que abalou a cidade de Iporá, bem como a Polícia Técnica Cientifica que trabalhou com muito empenho sempre que requisitada.

Fonte: Oeste Goiano

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