Médica esclarece dúvidas sobre envelhecimento da região íntima
"Engana-se quem pensa que só a pele do corpo e do rosto que sofrem com todo o processo de envelhecimento. A região íntima também fica flácida e precisa de cuidados especiais", alerta Jamile Ribeiro
26/09/2023, às 10h09

Assim como todo o corpo, com o passar dos anos a região íntima feminina também passa por mudanças que alteram a saúde, como flacidez, falta de lubrificação ou de elasticidade. A questão é que, com a ação do tempo, que age em todo o corpo, a maioria das mulheres cuidam apenas do rosto e da pele. “Engana-se quem pensa que só a pele do corpo e do rosto que sofrem com todo o processo de envelhecimento. Com o passar dos anos, ocorre de forma natural a queda na produção de colágeno e elastina, proteínas responsáveis pela sustentação e elasticidade dos tecidos do nosso corpo. A região íntima também fica flácida e além do tempo, outros fatores colaboram para que isso ocorra. Gestações e partos, menopausa, sobrepeso/obesidade, má alimentação, sedentarismo e tabagismo são agentes que também contribuem para o envelhecimento”, alerta a médica Jamile Ribeiro, que é especialista em saúde da mulher, sexualidade feminina e rejuvenescimento íntimo.
A profissional explica que o chamado “envelhecimento íntimo” pode alterar a sensibilidade da mulher no momento da relação sexual, “dificultando a satisfação e o orgasmo”, mas, além dessa alteração, o problema apresenta também, em muitos casos, queda de órgãos pélvicos. “Todos já devem ter ouvido falar na “bexiga caída”, mas outras consequências do envelhecimento íntimo são gases vaginais e a incontinência urinária ou fecal. Por isso, por mais que seja uma região escondida, pode sim ter impacto negativo na qualidade de vida da mulher, abalando sua autoestima”, aponta Jamile.
O processo de envelhecimento íntimo é esperado em todas as mulheres, mas, segundo a médica, cabe a cada uma cuidar da região com muita atenção, para prevenir essa mudança esperada e biológica. “Esse cuidado vai desde a higiene íntima diária e a escolha de produtos indicados para essa região, incluindo também uma dieta saudável, prática de atividade física, evitar o fumo e beber bastante água. Além disso existe a fisioterapia pélvica para o fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico que faz toda a diferença para reforçar a região”, garante.
Jamile lembra que para quem já notou algum sinal de envelhecimento da região íntima, existem procedimentos que podem ajudar. “É preciso intervir e é totalmente possível, através de procedimentos minimamente invasivos, ajudarmos essa mulher a adquirir novamente auto estima, confiança e segurança”, completa.