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Brasil

Mãe de Bebê Reborn desiste de processo após seu pedido de licença-maternidade virar alvo de chacotas

Trabalhadora alegava vínculo materno com boneca e pedia rescisão indireta por abalo psíquico, mas retirou ação após repercussão negativa

02/06/2025, às 10h06

Uma recepcionista de um estabelecimento comercial em Salvador, na Bahia, desistiu de uma ação judicial que movia contra a empresa onde trabalhava. O processo foi retirado após o caso ganhar repercussão negativa e a mulher se tornar alvo de piadas.

A trabalhadora havia solicitado licença-maternidade para cuidar de um bebê reborn — boneca realista que imita bebês humanos — e, diante da negativa da empresa, buscava a rescisão indireta do contrato de trabalho. A defesa argumentava que a cliente enfrentava “abalo psíquico diário” no ambiente profissional, provocado pelo fato de sua filha ser considerada um “objeto inanimado” pelos colegas e pela própria instituição.

Segundo a petição apresentada, o bebê reborn havia sido batizado como Olívia Campos Leite. A defesa sustentava que a mulher desenvolveu “um legítimo afeto e profundo vínculo materno” com a boneca.

“Embora não gestado biologicamente, [o bebê] é fruto da mesma entrega emocional, do mesmo investimento psíquico e do mesmo comprometimento afetivo que toda maternidade envolve”, afirmava a advogada da recepcionista no processo.

Ainda de acordo com a defesa, Olívia não seria “mero objeto inanimado”, mas sim “sua filha […] portadora de nome, vestida com ternura, acolhida nos braços e no seio emocional da autora, que dela cuida, vela, embala e protege, como qualquer mãe”.

Diante da repercussão e das chacotas sofridas, a recepcionista optou por retirar a ação da Justiça.

Por Mais Goiás

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