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sábado, 27 de Abril de 2024

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Flagrante de abuso do poder econômico na pré-campanha em Bom Jardim

Autoridades precisam atuar com rigor, investigar e coibir os excessos, para que a cidade tenha eleições limpas. Festas extravagantes, compra de apoio político de lideranças e contratação de grupo para atuar na pré-campanha tem sido frequente no município

27/03/2024, às 18h03

Não recebi com surpresa a informação de que o pré-candidato endinheirado de Bom Jardim de Goiás teria obrigado funcionários da pré-campanha a postarem conteúdo difamatório contra a pesquisa publicada pelo Jornal O+Positivo nesta terça-feira, dia 26.

Primeiro devo recordar ao leitor que o Jornal O+Positivo e o instituto de pesquisa do mesmo grupo atuam em Bom Jardim desde 2005. Nesse período a única pesquisa nossa, que não cravou o resultado das eleições divulgados pelos Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi a de 2020, que posteriormente o candidato foi cassado pela justiça eleitoral por “abuso de poder econômico e captação ilícita de sufrágio” (compra de voto), o que explica o “erro” da pesquisa.

Bom Jardim não pode sofrer mais uma vez as consequências do abuso do poder econômico nas eleições municipais. Mas, infelizmente, as amostras já indicam com clareza o mesmo caminho. Esse editor tem provas de que o pré-candidato a prefeito Édio Navarini e\ou seus prepostos, teria forçado contratados a postarem em suas redes sociais difamação contra a pesquisa realizada por nosso instituto, em que ele aparece tecnicamente empatado com o primeiro colocado, William Gregório.

A pré-campanha é o período concedido pela justiça eleitoral para que os candidatos exaltem as suas qualidades, construam reputação, se tornem conhecidos, mostrem que são capazes de exercer a função que pleiteiam… não para realização de festas suntuosas regadas a churrascos e bebidas.

A compra de apoio de lideranças políticas, a prestação de “favores” com maquinários particulares a eleitores, a contratação simulada de cabos eleitorais fora do período de campanha e outras ações que têm acontecido com frequência em Bom Jardim, deixa claro o abuso do poder econômico. Se na pré-campanha estamos vivendo essa realidade, pensemos qual será a força do dinheiro na campanha?!

Corremos o risco de mais uma vez termos uma disputa desleal, onde o eleitor, por necessidade mediática será obrigado a vender o futuro de sua cidade a quem lhe paga o maior preço.

O cidadão merece respeito, o voto é inalienável, o direito de exerce-lo livremente é sagrado e garantido no ordenamento jurídico pátrio. A disputa eleitoral deve ser párea, com igualdade de oportunidade aos concorrentes. O abuso do poder econômico deve ser punido com rigor pelas autoridades.

Que prevaleça a vontade popular, a escolha livre e o voto independente! Viva a democracia, a comunidade bom-jardinense e a liberdade de imprensa!

João Santana é cidadão bom-jardinense, historiador, cientista político, marketólogo, bacharel em Direito e diretor do Jornal O+Positivo

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