EDITORIAL: a verdade sobre reações desproporcionais de alguns gestores contra a imprensa

Argemiro Rodrigues, prefeito de Caiapônia que já falou que o Jornal O+Positivo “não tem credibilidade”, pede direito de resposta ao mesmo veículo que ele já proferiu palavras raivosas em vários momentos

25/03/2024, às 07h03

É a imprensa a responsável por revelar aquilo que tentam manter escondido, especialmente na administração pública. Justamente por isso os políticos que pretendem manter em sigilo algumas de suas ações, reagem quando estas aparecem na mídia. Em Caiapônia, essas reações têm sido constantes, o leitor certamente tem acompanhado.
Entre as manifestações raivosas proferidas pelo prefeito Argemiro Rodrigues com frequência tem sido “esse jornal não tem credibilidade, só noticia o que paga…”, mas pasmem, nesta edição, o Jornal O+Positivo trás em suas páginas mensagem do próprio prefeito e auxiliares de forma gratuita, atendendo um pedido de contraditório em matérias veiculadas nesse espaço.

Claro que é um direito sagrado no estado democrático de direito, a defesa do acusado. Nesse caso, a versão sobre os fatos denunciados. Estranho é usar esse direito em um veículo que o mesmo já esbravejou e afirmou que “não tem valor algum”.

Ao Jornal O+Positivo, fica a certeza de que tem cumprido a sua missão. Primeiro porque recebe duras críticas de quem tenta com bravatas manter escondidos nos “porões da prefeitura” aquilo que lhe causa desgastes, quiçá o próprio mandado. Segundo porque mesmo sendo duramente criticado, mantém firme em sua posição de denúncia e ainda abre espaço em sua linha editorial para o acusado se defender do que a nós parece indefensável.

É esperado para os próximos dias o novo julgamento do processo em que Argemiro Rodrigues poderá se tornar inelegível, estava na pauta para ser julgado no último dia 18, mas foi retirado. No primeiro acórdão, proferido pela Quinta Turma Recursal da 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Goiás, a mesma encarregada a dar a nova sentença, o prefeito foi condenado e teve os direitos políticos suspensos pelo prazo de três anos.

Aparentemente não há nenhum motivo para mudança no entendimento dos votos dos desembargadores. Ao manter a mesma sentença, Argemiro Rodrigues estaria fora do pleito, como anunciado pelo Jornal O+Positivo, cabendo a ele apenas o direito de recurso para tentar anular o acórdão.

O prefeito endinheirado contratou uma das melhores bancas jurídicas do Brasil para fazer a sua defesa, pois sabe que a acusação que pesa sobre si é grave. Ao leitor que quer manter-se bem informado, sugiro que não perca os próximos episódios.