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domingo, 08 de Junho de 2025

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Cidades

Áudios atribuídos a vice-prefeito de Caiapônia orientam morador a transferir Cartão SUS para Aparecida de Goiânia

Heber Martins teria garantido, durante a conversa, que após a transferência, que custa R$ 50, o paciente conseguiria fazer a cirurgia eletiva por R$ 1.000 mil, pague ao médico. Em resposta, ele disse que a alteração não foi feita e que esta é uma exigência do médico e do hospital

22/11/2023, às 19h11

 

Reprodução internet

Em áudios atribuídos ao vice-prefeito de Caiapônia, Heber Martins Silva, ele estaria sugerindo a transferência do Cartão Nacional de Saúde (CNS) de um morador de Caiapônia para o município de Aparecida de Goiânia com a suposta garantia de que conseguiria realizar uma cirurgia eletiva. Na conversa, que teria acontecido por meio de um aplicativo de mensagens, o político estaria cobrando R$ 50 para intermediar a mudança de endereço e R$ 1.000 para o médico realizar a cirurgia. “Era R$ 800, o médico passou pra R$ 1.000 e mais R$ 50 para transferir o Cartão do SUS lá, entendeu? A gente transfere o Cartão do SUS pra Aparecida, aí fica R$ 1.050”, teria afirmado em um dos áudios.

Durante o diálogo, Heber Martins teria até citado o nome de outro morador de Caiapônia que já teria ido a Aparecida de Goiânia, transferido o CNS, realizado a consulta médica, feito os exames pré-operatórios e estaria aguardando ser chamado para realizar a cirurgia. “A cirurgia nós arruma, aí tem que levar o dinheiro. Levou, para pagar lá, o resto nós arruma, a cirurgia arruma. R$ 1.050, o José (nome fictício criado pela reportagem para não mencionar o morador) já foi, já pagou o dele, já tá até com o pedido, já deu entrada no pedido”, teria dito.

A apresentação de um comprovante de endereço falso ou de outra pessoa causa ao Sistema Único de Saúde (SUS) prejuízos incalculáveis aos dois municípios, desestruturando o sistema, uma vez que, com a alteração de endereço o recurso financeiro enviado pelo Governo Federal vai para o município onde houve o atendimento.

A denúncia foi apresentada ao Ministério Público de Goiás (MPGO) pela vereadora Wiliany Cândida, que já protocolou ação no órgão.

Procurado pela reportagem, Heber Martins disse que a consulta não foi realizada e que o Cartão SUS não foi transferido e que este é um procedimento do médico e do hospital, que ele não quis mencionar. “Não tem nada a ver comigo”.

 

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