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Cidades

Arenópolis continua enfrentando problemas de falta de água

Prefeitura tentou resolver o drama ao renovar a concessão de exploração com a Saneago. A empresa se comprometeu a construir uma nova barragem, enquanto isso, poços artesianos estão sendo perfurados, mas a maioria não teve vazão

03/07/2017, às 09h07

A população arenopolina sofreu com a falta de água pela primeira vez em outubro de 2014. No final daquele mês, início de novembro, a chuva chegou e pôs fim ao racionamento. Mas, como todos são sabedores, o líquido está cada vez mais escasso e em 2017 a seca veio com mais força.

Nos leitos dos Ribeirões Areia e Lajeado, que banham a cidade e são responsáveis pelo abastecimento dos moradores, da água que corria com abundância o ano todo, apenas alguns poços são encontrados. O município consome aproximadamente 500 mil litros diários, mas não há essa quantidade disponível para ser recolhida nos riachos. Os mais de 3 mil habitantes do município, que fica a 278 quilômetros de Goiânia, estão sendo orientados a racionar o liquido precioso.

Na tentativa de solucionar o problema, a Prefeitura de Arenópolis, por meio do prefeito Flávio Júnior, encarou a renovação da concessão, que já estava vencida, enviando um projeto para a Câmara. A matéria aprovada autoriza a Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago) a explorar os serviços de saneamento e abastecimento de água no município por mais 20 anos e permite que a Saneago faça investimentos.

Após a renovação, a Prefeitura iniciou uma fase de cobrança de ações por parte da empresa. Uma das tentativas foi a perfuração de poços artesianos, mas na maioria a água não foi encontrada. Dos mais de cinco poços perfurados, em apenas dois se chegou ao líquido precioso. Os dois já estão prontos para serem usados, aguardado apenas a canalização para a estação de tratamento para onde vão bombear 7 mil litros por hora, cada um, mas a quantidade está longe de atender a demanda.

Além disso a Saneago tem enfrentado resistência por parte dos donos das terras, já que muitos não querem aceitar a perfuração em suas propriedades. “Se for necessário vamos recorrer à justiça, para garantir o interesse coletivo. Não podemos é deixar a nossa cidade sem água”, assegurou o prefeito de Arenópolis, Flávio Júnior.

A promessa da Saneago é de investir na construção de uma nova barragem que segure maior quantidade de água durante o período de estiagem, mas por enquanto o projeto não foi iniciado. “Eles tem um compromisso com Arenópolis, nós vamos cobrar, não vamos permitir que eles vão embora enquanto não resolverem o problema de abastecimento do município. Recorreremos a forças políticas, à Justiça ou a qualquer outra solução possível, mas sem água não vamos ficar. Também estamos acompanhando de perto toda a movimentação para a perfuração de novos poços, na esperança que Deus nos ajude a encontrar um com boa vazão para solucionar o problema”, garantiu o administrador.

Na estação de tratamento da empresa de Saneamento de Goiás S/A (Saneago) as máquinas ficam desligadas durante a maior parte do dia, esperando o reservatório encher para que possa ser retomada a purificação.

“Temos também o poço artesiano que usamos para irrigar o campo de futebol, mas já determinamos que jogue toda a água dele na rede central, para ajudar minimizar o problema. A prioridade no momento é  levar a água até os lares”, destacou.

Enquanto o problema não é resolvido, a população padece, em especial os que moram na parte mais alta da cidade, que ironicamente ficam próximos à caixa d’água da Saneago. A recomendação das autoridades é que a população use a água apenas para o indispensável, até que o problema seja resolvido.

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