Rejeição popular à Taxa de Iluminação Pública pressiona Câmara a barrar projeto do prefeito Fábio
Pesquisa do Jornal O+Positivo revela que 71,3% dos moradores de Piranhas são contra a proposta enviada pelo Executivo
29/05/2025, às 14h05
Uma pesquisa realizada pelo Jornal O+Positivo nos dias 12, 13 e 14 de maio revela que a maioria absoluta da população de Piranhas (GO) é contrária à criação da Taxa de Iluminação Pública, proposta pelo prefeito Fábio Lasserre. O levantamento ouviu 338 moradores de todos os bairros da cidade e mostra que 71,3% rejeitam o projeto, enquanto 17,5% são favoráveis e 11,2% não souberam ou preferiram não opinar.
A pesquisa tem margem de erro de 3,7% e intervalo de confiança de 90%, o que reforça a solidez dos resultados. Diante desse cenário, a expectativa recai agora sobre o posicionamento dos vereadores, que devem avaliar o projeto à luz da opinião pública.
O levantamento também traçou um perfil detalhado dos entrevistados, reforçando a diversidade da amostra. Do total, 50,9% eram mulheres e 49,1% homens. Em relação à faixa etária, 12% tinham entre 16 e 29 anos, 29,9% entre 30 e 44 anos, 30,5% entre 45 e 59 anos, e 27,6% tinham 60 anos ou mais.
Quanto ao grau de escolaridade, 12,6% se declararam analfabetos ou com habilidades básicas de leitura, 35,3% tinham Ensino Fundamental, 34,1% Ensino Médio completo, e 18% possuíam Ensino Superior.
A pesquisa também analisou a renda dos participantes: 83,2% afirmaram não ter rendimentos ou ganharem até dois salários mínimos, 15,6% ganham entre dois e cinco salários, e apenas 1,2% relataram renda acima de cinco salários mínimos.
No campo religioso, 63,5% dos entrevistados se declararam católicos, 26,9% evangélicos, 8,4% disseram não seguir religião alguma ou se identificam como ateus, e 1,2% se dividiram entre outras crenças ou não quiseram responder.
Projetos semelhantes já foram apresentados em outras legislaturas e, em todas as ocasiões, rejeitados pela Câmara Municipal de Piranhas. A resistência da população sempre foi decisiva, e os vereadores entenderam, à época, que a cobrança da taxa penalizaria justamente os mais pobres — a maioria da população.
Agora, sob nova gestão, a proposta retorna ao Legislativo em meio a um clima de insatisfação generalizada. Com os números da pesquisa em mãos, cresce a pressão sobre os parlamentares para que ouçam a voz das ruas e rejeitem novamente a tentativa de impor mais uma cobrança à população. A repercussão negativa já toma conta das redes sociais, onde moradores expressam indignação e cobram o arquivamento imediato do projeto, considerado injusto, inoportuno e impopular.