264 famílias piranhenses serão beneficiadas com moradias

05/11/2015, às 07h11

Desde os mais carentes até aqueles que têm renda fixa e ainda não possuem moradia própria poderão participar do processo de seleção que começa no dia 9 e vai até o dia 13 de novembro na Feira Coberta. O terreno para a construção foi doado pela Prefeitura de Piranhas

O prefeito de Piranhas, André Ariza, lançou o Conjunto Habitacional Novo Horizonte em parceria com o Ministério das Cidades, a Associação Ombro Amigo e Caixa Econômica Federal. 264 casas serão construídas e destinadas a famílias de baixo poder aquisitivo do município.

A área de dois alqueires (96.800m²) que fica na saída para Caiapônia, próximo ao Setor Santo Antônio, foi adquirida pela Prefeitura por R$ 250 mil e doada à Associação Ombro Amigo, que será a responsável pela edificação. O recurso será liberado pela Caixa Econômica Federal por meio do Ministério das Cidades.

As famílias interessadas poderão fazer a inscrição a partir da próxima segunda-feira (09/11) até o dia 13 de novembro, no Centro de Comercialização da Agricultura Familiar (antiga Feira Coberta), no Setor Sudoeste. Para participar do processo o interessado não pode ter imóvel no nome e deve levar cópias dos documentos RG e CPF, comprovante de endereço, Certidão Nascimento, casamento ou divorcio, comprovante de renda dos três últimos meses (no caso de autônomo levar recibo) e Declaração de Importo de Renda, se for necessário.

O prefeito André Ariza disse que o município só aguarda o sinal verde do Ministério da Cidade para iniciar a obra e espera que a população que precisa compareça. “Nosso terreno já foi adquirido e aprovado, nós vamos sair na frente. As inscrições começam no próximo dia 9, na Feira Coberta, a partir das 9h. Aqueles que enquadram no programa devem comparecer entre os dias 9 e 13 para realizar o cadastro”.

O presidente da Associação Ombro Amigo, pastor Antônio da Macena, disse que essa é a realização de um sonho. “Trabalhamos com sonhos, por isso a nossa equipe está empenhada em fazer o melhor. A contagem é regressiva para iniciarmos as obras. Tudo será feito com amor, não haverá partidarismos nem disputas”, garantiu o líder.

Priscila da Macena é gestora da Associação Ombro Amigo e falou da seleção. “A seleção é criteriosa, onde cada família é pontuada de acordo com a necessidade, tudo muito bem pensado, muito transparente. A construção é de boa qualidade e as casas bem planejadas”.

João Divino é gerente da Caixa Econômica Federal em Piranhas. Ele incentivou os piranhenses a participarem do processo de seleção. “Aqueles que tiverem dúvidas, mesmo que pensam que não encaixam no programa, vá a Feira Coberta fazer o cadastro, lá às dúvidas serão sanadas, tem muita casa e diversas possibilidades. Corra atrás”.

Para o vereador Fernando Lizardo, vice-presidente da Câmara, a construção de casas populares é um “anseio” antigo da população piranhense. “Essa obra é um anseio da comunidade, graças à parceria Poder Legislativo e Prefeitura, cumpre hoje mais uma importante etapa para concretização. Onde há parceria as coisas funcionam, por isso parabenizo o executivo municipal”. “Quando os poderes andam juntos, quem ganha é o povo. A Bíblia diz que quando o justo governa o povo se alegra”, completou o vereador Nilson Gomes.

Três etapas de construção

A construção se dará em três etapas para atender diferentes realidades das famílias beneficiadas. No primeiro momento serão construídas 64 casas do projeto “Minha Casa Minha Vida”. Nessa modalidade a renda familiar deverá ser de 1 a 2 salários mínimos (em torno de R$ 1.600) e 95% do valor da casa será pago pelo Governo Federal por meio do Fundo de Desenvolvimento Social. Os outros 5% será pago pelo beneficiário em um prazo de 10 anos, podendo comprometer apenas 10% da renda familiar. Nessa etapa terão vantagem mães solteiras ou com maior número de filhos ou pessoas que vivem em situação de crítica. A construção dessa fase deverá começar quando o Governo Federal liberar os recursos.

100 famílias, esse será o número de beneficiados na segunda fase da construção do Conjunto Habitacional Novo Horizonte. Essa modalidade também vai contemplar famílias que tenham ganhos entre 1 e 2 salários mínimos, mas o recurso, que já está disponível, virá do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) – faixa 1, por isso a construção deverá ser mais rápida. A expectativa é que a prestação seja de até R$ 350, mas um diferencial é que o nome do interessado não pode estar negativado.

Na terceira e última etapa serão construídas mais 100 unidades habitacionais também pela modalidade FGTS – faixa 2. Esses imóveis terão um custo de R$ 80 mil e os beneficiários terão 360 meses para quitar a dívida. As parcelas serão decrescentes e o detentor do financiamento receberá um subsídio que varia de acordo com o valor financiado e a renda. Aqui o nome também não pode estar negativado. Embora os recursos já estejam liberados, o prazo de construção obedece a uma regra donúmero de habitantes da cidade. No caso de Piranhas,que tem até 20.000 habitantes, o limite são 30 unidades por etapa.

Mas segundo a gestora da Ombro Amigo nada impede que após o início de uma etapa, mesmo não tendo concluída as 30 moradias, novas construções sejam começadas. “Assim que iniciarmos uma etapa já daremos entrada para liberação de novas unidades, o que acelera o processo. Portanto na pratica poderemos erguer 60 ou 90 casas de uma só vez, em diferentes estágios de construção”, explicou Priscila da Macena.