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Tesoureira suspeita de participar da morte de ex-prefeito é presa em Goiás

06/10/2015, às 19h10

Além dela, são suspeitos o prefeito e a primeira-dama de Estrela do Norte. Câmeras de segurança registraram quando vítima foi assassinada em motel

tesoureiraA  tesoureira da Prefeitura de Estrela do Norte, Renata Rezende, foi presa, na madrugada desta terça-feira (6), suspeita de participar do assassinato do ex-prefeito da cidade Geraldo Nicolau Filho. O crime ocorreu há cinco dias no pátio de um motel de Mara Rosa, no norte do estado.

Câmeras de segurança registraram, na tarde da última quinta-feira (1º), o momento em que Geraldo foi executado. Também são suspeitos o prefeito da cidade, Welligton José de Almeida (PMDB), a primeira-dama e um irmão do administrador, que não são vistos desde o dia do crime.

Renata estava foragida desde sexta-feira (2), quando a Justiça expediu um mandado de prisão contra ela. O delegado responsável pelo caso, André Medeiros, informou que a mulher foi detida em Mara Rosa, mas não deu detalhes da prisão.

De acordo com as investigações, Renata esteve no local antes do crime e avisou aos demais suspeitos da presença da vítima no local. Em depoimento, a tesoureira confirmou que a primeira-dama pediu que ela fosse ao motel para checar se o ex-prefeito estava lá. Porém, segundo Renata, ela não sabia da intenção de matar Geraldo.

Foragidos
A Justiça expediu mandados de prisão contra os outros suspeitos, menos o do prefeito de Estrela do Norte. Segundo o delegado, apesar de a prisão de Wellington não ter sido decretada, há indícios da participação dele.

A vítima estava no motel com a mulher do secretário municipal de Saúde de Estrela do Norte, que também é irmão do atual prefeito. O delegado informou que foi expedido um mandado de prisão contra ela, mas a mulher segue foragida.

Crime
De acordo com o delegado, a tesoureira da prefeitura foi ao motel antes do crime e avisou à primeira-dama da tesoureira 1presença da vítima no local. “Meia hora antes, ela entrou em um HB 20 no motel, parou no quarto ao lado do da vítima, saiu do carro, verificou a presença do casal e saiu para avisar à primeira-dama”.

Em seguida, conforme o relato da recepcionista do motel, os demais suspeitos se passaram por clientes e entraram no local. De acordo com o delegado, a vítima ficou no quarto de número oito, enquanto os suspeitos, nos quartos seis e sete. “Ela colocou todos um do lado do outro para facilitar na hora da limpeza, mas não sabia o que ia ocorrer”, explicou Medeiros.

A recepcionista explicou que ouviu os tiros 15 minutos após o carro do último suspeito entrar. Em depoimento, a funcionária do motel disse que, assim que os disparos começaram, ela se escondeu na área da administração.

As imagens da câmera de segurança mostram que o ex-prefeito é cercado por três pessoas no pátio do motel. Para o delegado, são dois homens e uma mulher.

Geraldo é baleado, tenta correr, mas é atingido por mais disparos. Em seguida, cai no chão. As imagens das câmeras de segurança foram apreendidas pela Polícia Civil.

tesoureira 2Momentos depois, uma caminhonete Chevrolet S10 apareceu na recepção, e o motorista gritou para que a recepcionista abrisse o portão. “O homem pediu para que ela abrisse logo porque tinha alguém querendo matá-lo. Com medo, ela abriu o portão. Ele pagou e saiu. O outro carro, um Fiat Punto, também pegou e saiu na sequência”, disse Medeiros.

Depois que os veículos saíram, a mulher que estava com a vítima também apareceu diante do portão, pagou pelo quarto e fugiu a pé.

Investigação
O delegado afirma que vários fatores relacionam os suspeitos ao crime. Um deles é que os veículos que estavam no local, um Fiat Punto preto e uma caminhonete Chevrolet S10 branca, pertencem, respectivamente, à primeira-dama e ao irmão do político.

“Quando os policiais viram as imagens, fizeram a descrição física do prefeito. Tem também a coincidência dos veículos e o fato de eles terem sumido da cidade”, aponta Medeiros.

O delegado investiga a motivação do crime. “Tem a questão de a vítima ter uma relação com a cunhada do prefeito ou então questão política porque a pessoa que morreu estava se movimentando para ser candidato a prefeito nas próximas eleições”, acredita Medeiros. Geraldo administrou a cidade de 2001 a 2008.

A Polícia Civil pede que a população denuncie qualquer informação sobre o caso pelo telefone 197.

Fonte: G1

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