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Cidades

Socorrista que deixou de comunicar suspeita de embriaguez de motociclista é filha do socorrido

Relação teria influenciado na postura da servidora pública, que deixou de cumprir com a obrigação da função ao não acionar a autoridade competente quando observou que poderia ter ocorrido crime de trânsito

24/07/2017, às 19h07

Foto: Arquivo O+Positivo

Quando o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado para atender a um acidente entre dois motociclistas, por volta das 11h30 da manhã de domingo (23), a socorrista chefe da equipe no momento, a técnica em enfermagem Bruna Oliveira de Sousa, provavelmente não sabia que estava prestar a atender a um chamado que envolvia o próprio pai, Josué Marques de Sousa, de 49 anos.

O pai de Bruna, Josué, conduzia uma motocicleta pela Avenida JK, no Setor Sudoeste, em Piranhas, quando se envolveu em um acidente com outro motociclista, o entregador de uma distribuidora de gás, Wilian Vinicios.

Acontece que, de acordo com testemunhas, o pai da socorrista, que pilotava uma Honda Fan placa NGP-4575, estava visivelmente embriagado e teria causado o acidente que envolveu Wilian, que conduzia moto do mesmo modelo placa NFX-2316. Além disso, Josué não teria carteira nacional de habilitação para conduzir o veículo.

O que poderia ser um atendimento comum ganhou excepcionalidade quando Bruna, ao ver que se tratava do pai, assumiu a responsabilidade e pediu ao entregador da distribuidora que não procurasse a Polícia, pois “o pai estava embriagado e não possuía habilitação”, teria dito a mulher a Wilian ainda na ambulância.

Além disso, para proteger o pai, Bruna deixou de cumprir uma das regras do Samu, que determina, em seu “Protocolo de Suporte Avançado de Vida”, que “em ocorrências com indícios de crime”, os socorristas “deverão atentar para a segurança da equipe, informar precocemente a Regulação Médica, avisar ao policiamento” e ainda, “considerar a necessidade de apoio policial”. O documento ainda diz que considera-se “indícios de crime todo atendimento com características de acidentes como trânsito, queda, incêndios”. A técnica em enfermagem ignorou os Protocolos Especiais (PE17) do órgão onde é servidora.

Como a Polícia Militar (PM) não foi acionada para o registro do Boletim de Ocorrência (BO), horas depois, procurada pela equipe de reportagem do Jornal O+Positivo para que os fatos fossem noticiados, Bruna se mostrou irritada e disse que não passaria nenhuma informação. Posição parcialmente revista após ser questionada a sua atitude enquanto servidora pública.

A reportagem do Jornal O+Positivo chegou ao local do acidente antes mesmo que o Samu e presenciou de perto toda a movimentação que envolveu a batida, inclusive a insistência de Josué para que a Polícia não fosse acionada e a confissão de que “não possui habilitação”.

Contrariando a mesma normativa (PE17) do órgão que trabalha, já citada acima, a coordenadora da base do Samu em Piranhas, Milene Almeida, fez um comentário na página do Jornal O+Positivo no Facebook onde deixa claro ter “comprado a briga” da colega e dizendo que “não temos tempo pra ligar pra polícia”. (SIC) “Só pra esclarecer essa postagem! Qd a Central de Regularização 192 SAMU em Iporá é acionada, imediatamente eles comunica a nossa Base de Piranhas SAMU , precisamos chegar no local em menor tempo possível para socorrer a vítima ou as vítimas. O tempo médio para o atendimento do chamado ao Serviço SAMU é de 8 a 15 minutos. O SAMU ( SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL BÁSICO DE URGÊNCIA) , está para realizar atendimento de suporte básico, a qualquer pessoa em qualquer situação. Primeiro precisamos realizar o atendimento o mais rápido possível. Qd a Equipe tem RISCO INERENTE , comunicamos a CENTRAL DE REGULAÇÃO 192 SAMU de Iporá, e posteriormente eles solicita o policiamento.. Caso ao contrário nunca fizemos esse tipo de comunicação, uma vez que o suporte básico não deve passar a situação do paciente.. Quem comunica ou vai colocar no laudo o estado de embreaguez ou hálito etílico e o médico que atendeu. Enfim, não temos tempo pra ligar pra polícia , a não ser qd a equipe está correndo risco no local do acidente..” (SIC), disse a mulher.

O Samu é público e deve atender a sociedade e seus interesses e não proteger a quem quer que seja. O Jornal O+Positivo está de olho.

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