Rodrigo Maia é reeleito presidente da Câmara e promete acelerar reformas
Vitória de Maia mostrou que base de apoio do governo está forte na Câmara. Ele foi reeleito com 293 votos derrotando outros cinco candidatos
03/02/2017, às 10h02
O dia foi cheio em Brasília. No Congresso, foi eleito o candidato que o governo queria para a presidência da Câmara. Rodrigo Maia defendeu a independência do Congresso e disse que vai avançar nas reformas. A vitória de Rodrigo Maia mostrou que a base de apoio do governo está forte na Câmara.
O que foi mostrado é que o governo Temer tem controle sobre as votações e precisa continuar forte para o que o Palácio do Planalto quer pela frente. Rodrigo Maia já falou que vai tocar as reformas que exigem mudanças na Constituição, como a da Previdência. Para isso, vai precisar de muitos votos.
Rodrigo Maia foi reeleito com 293 votos e derrotou outros cinco candidatos. Apenas dez dos 513 deputados não votaram. Reeleito, Rodrigo Maia levou o filho, também Rodrigo, para a mesa da presidência. Disse que suas prioridades vão ser as reformas da Previdência, trabalhista e política.
Rodrigo Maia é investigado em desdobramentos da Lava Jato e também foi citado em delação da Odebrecht. Ele nega todas as acusações e diz que quer votar a proposta que pune juízes, procuradores e promotores por crime de abuso de autoridade. Contou que vai receber sugestões do procurador-geral da República Rodrigo Janot.
“Eu vou pautar o tema do abuso de autoridade, o tema que vai a voto. Existe uma proposta original que terá um relator que pode acatar toda a proposta que virá ou pode fazer as modificações, mas eu tenho certeza, pelo equilíbrio do doutor Janot, que ele vai mandar uma proposta que exatamente separe aqueles atos que efetivamente caracterizem abuso. Eu tenho certeza que a proposta virá e tem muita chance de caminhar a maior parte dela com aprovação da Casa”, disse o presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
Rodrigo Maia preside a Câmara desde julho do ano passado. Ele substituiu o ex-deputado Eduardo Cunha, que foi afastado do cargo pelo Supremo Tribunal Federal e depois teve o mandato cassado pela Câmara.
Fonte: G1