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Saúde

Morte de idosa por afogamento alerta para cuidados com pessoas nessa faixa etária

O Jornal O+Positivo pediu que um estudioso na área do envelhecimento elencasse algumas dicas para que as famílias evitam mais tragédias

25/01/2018, às 17h01

Recentemente uma lamentável fatalidade deixou os piranhenses condoídos. A morte de Marta Vicente, de 78 anos, encontrada às margens do Rio Piranhas no último dia 19, despertou o Jornal O+Positivo a respeito dos cuidados ideais que os familiares de idosos precisam tomar para com as pessoas nessa faixa etária.

Inicialmente é preciso esclarecer que a equipe da Polícia Técnico Científica de Iporá, que fez o atendimento no local onde o corpo foi encontrado e realizou a necropsia, constatou que a causa da morte de Marta Vicente foi afogamento. Além disso, o laudo médico e cadavérico da equipe esclareceu, ao analisar elementos e visualizar o corpo da idosa, que, no momento em que o corpo foi encontrado, o afogamento havia ocorrido há cerca de 4 ou 5 dias.

Para evitar que mais fatalidades como esta aconteçam, o Jornal O+Positivo buscou o estudioso na área do envelhecimento com mestrado em Gerontologia, Lair Ferreira de Oliveira Filho. O profissional lamentou o que aconteceu. “Compartilho a dor da família pela perca do ente querido e lamento pela falta de orientação que eles não devem ter recebido”.

O especialista lembrou que o idoso tem o direito a uma moradia digna, no seio da família. “Quando isso não for possível, existe a opção de ir para uma instituição de longa permanência para os idosos que são conhecidos, em nossa região, como abrigos. Está no Estatuto do Idoso, se a família omitir esses cuidados pode ter consequências legais”, alertou.

Lair de Oliveira Filho destacou que nem todos os idosos precisam de cuidados, somente de atenção. “Por outro lado, existem os idosos dependentes, podendo ser por uma limitação física ou até mesmo por doenças, nesse caso os cuidados devem ser intensos, como os idosos dependentes em consequência de doenças como o alzheimer e o parkinson. Nesses casos os cuidados devem ser redobrados, já que a segurança deles é fundamental”, alertou.

Marta Vicente sofria de alzheimer, segundo familiares entrevistados pelo Jornal O+Positivo no dia em que o corpo da idosa foi encontrado às margens do Rio Piranhas. O especialista explica que a doença afeta a memória e por isso o acompanhamento deve ser feito de muito perto. “Eles podem, por exemplo, acionar o gás de cozinha para fazer a chama, mas esquecer de liga-la e isso é perigoso. Os medicamentos devem ser tomados rigorosamente no horário e deve se evitar de deixá-los sozinhos. Devido a perca da memória curta, esquecem onde estão e se perdem”, completou.

Para os casos em que a família não tem condições de cuidar pessoalmente do idoso com alzheimer, Lair de Oliveira Filho faz algumas orientações. “Caso a família esteja impossibilitada de cuidar, contrate um cuidador. Se não dispõe de recursos, coloque-o em uma instituição de longa permanência para idosos. A consequência de deixar um idoso com alzheimer pode não ser boa. Eles são ativos, querem fazer as coisas, mas esquecem ao longo do fazer e pagam caro por isso”, arrematou.

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