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Manchete

Minutos após darem entrada na delegacia, fazendeiros são liberados em Piranhas

Fiança arbitrada foi inferior a R$ 2 mil. Homens são acusados de manterem operários em condições degradantes, sem carteiras de trabalho assinadas e sem pagamentos de salários. Na propriedade foram encontradas três armas e duas motos com a numeração dos chassis raspadas. Crime ambiental também foi constatado pela Polícia Ambiental

24/01/2018, às 14h01

Após pagar uma fiança de R$ 1.918, a Polícia Civil (PC) liberou os dois fazendeiros detidos pela Polícia Militar (PM), na noite dessa terça-feira (23/01), em uma carvoeira, na zona rural de Arenópolis. Antônio Rodrigues de Oliveira, conhecido como Leitão, 74, e seu filho, Ronaldo Moraes de Oliveira, o popular Ronaldo do Leitão, ficaram poucos minutos na delegacia, enquanto o advogado procedeu com o pagamento.

Na carvoeira, que fica na propriedade da família, a PM encontrou cinco trabalhadores, inclusive uma criança de 12 anos, em condições degradantes. Três delas morando debaixo de uma lona, parcialmente coberta com palha e dormindo em camas feitas de varas verdes. Além disso, os colchões eram velhos, sujos e rasgados. No local não havia banheiro e nem água tratada.

Na sede da fazenda conhecida como Mata Velha, a PM aprendeu três armas e duas motocicletas com a numeração dos chassis raspadas. Segundo a equipe da Polícia Ambiental, que esteve no local, os proprietários deverão responder também por crime ambiental.

As investigações foram determinadas pelo Ministério Público (MP) e realizadas pelo Serviço Reservado da PM. “Nós encontramos uma família morando em condições desumanas. Sem nenhuma estrutura e se alimentando mal. O homem trabalhava há 16 anos sem receber, apenas em troca de comida, que é superfaturada pelo patrão. Segundo a vítima, inclusive as cestas básicas doadas pelo MP eram confiscadas pelo patrão e entregues as migalhas” contou um investigador à nossa reportagem.

De acordo com o investigar de plantão, “a PC não tem competência para apurar o crime de trabalho análogo a escravidão”, que deve ser apurado pela Polícia Federal (PF). Sobre as motos com as numerações dos chassis raspadas, “será aberto um inquérito para apurar o suposto crime, mas como não houve flagrante”, os proprietários devem responder em liberdade.

Quanto ao crime de posse ilegal de arma de fogo, o filho do fazendeiro, dono da carvoeira, Ronaldo Leitão, assumiu a propriedade das armas, pagou a fiança e foi liberado.

 

Operação Questionável

O Jornal O+Positivo ouviu vários profissionais que participaram da operação e a maioria disse se “decepcionado com o desfeche”. “É muito esforço para que no final termine assim. Os crimes são visíveis e as provas abundantes, inclusive com registro de fotos e vídeos”, lamentou um militar que preferiu ficar no anonimato.

Especialistas ouvidos por essa reportagem disseram que “a Polícia Militar poderia ter isolado a área para preservar o local do crime e aguardado a chegada da Polícia Federal”. Ainda de acordo com os juristas, mesmo o crime não sendo de competência da Polícia Civil, em local onde não tem a Polícia Federal, a Civil pode avocar a competência e agir. “Faz o flagrante e remete os autos a autoridade competente”. “Qualquer um do povo pode atuar em flagrante e as polícias devem agir”, arrematou.

 

Vídeo mostra o momento em que a Polícia Militar chegou ao local e constatou a situação degradante vivida pela família

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