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Saúde

Laboratório Nacional de Biociências desenvolve vacina contra câncer de pele; teste prova eficiência em animais

Imunização é capaz de eliminar as células cancerígenas e impedir um novo aparecimento da doença. Vacina está em fase de desenvolvimento e deve ser testada em humanos nos próximos meses

08/12/2017, às 08h12

Pesquisadores do Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), localizado no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP), descobriram uma vacina contra o câncer de pele. A imunização é capaz de destruir as células malignas e também evitar um novo aparecimento da doença.

O câncer de pele é o de maior incidência no Brasil, responsável por 30% dos tumores malignos. São mais de 170 mil novos casos por ano, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Os pesquisadores do CNPEM trabalham no desenvolvimento desta vacina há seis anos. Usando células cancerígenas modificadas geneticamente, eles conseguiram chegar a uma formulação, testada em camundongos que desenvolviam tumores.

“[Esses animais] foram vacinados com essa combinação de vacinas antitumorais e nós verificamos a inibição do tumor nesses animais”, afirma o pesquisador em biotecnologia do CNPEM Márcio Chaim Bajgelman.

Três linhagens diferentes de células de cânceres foram usadas para compor a imunização. A substância fez o sistema imune dos animais identificar as células malignas e o próprio organismo deles criou anticorpos do tipo “Linfócitos T”, que são proteínas presentes nos glóbulos brancos do sangue, para eliminar os tumores.

Eficácia comprovada

Os camundongos foram acompanhados durante um ano e, nesse período, novos cânceres não apareceram.

“Nós efetuamos um novo desafio nesses animais, eles receberam novas células tumorais derivadas deles mesmos e nós verificamos que esses tumores não conseguiram se desenvolver nos animais vacinados”, explica Bajgelman.

O estudo, já divulgado em uma revista científica internacional, deve testar a eficácia da vacina em células humanas nos próximos meses.

Proteção

Até que esteja disponível no mercado, a recomendação de especialistas é o uso frequente e diário de protetor solar. Para quem trabalha sob o sol, a dermatologista Elisangela Pegas ressalta o uso de chapéus. A exposição ao sol deve ser evitada entre 10h e 16h.

“Ao longo do dia, esse protetor deve ser reaplicado em todas as áreas que estejam fora da roupa. Além disso, o uso de chapéu, para pessoas que trabalham em áreas externas, que ficam muito expostas, chapéus de abas largas, o uso do óculos de sol. E existem, inclusive, roupas apropriadas com proteção contra os raios ultravioleta”, alerta.

Fonte: G1

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