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Delegado pega 23 anos e perde cargo por elo com esquema de Cachoeira

Além da pena, Justiça decretou que Fernando Byron pague uma multa. Apuração apontou que ele agia em favor do contraventor em troca de propina

28/03/2017, às 08h03

O delegado de Polícia Federal Fernando Antônio Hereda Byron Filho foi condenado pela Justiça Federal a 23 anos e cinco meses de prisão por envolvimento com o esquema criminoso do contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Além disso, o juiz substituto Rafael Ângelo Slomp também ordenou a perda do cargo ocupado pelo agente.

A pena está dividida entre 23 anos e oito meses de reclusão (que pode ser cumprida inicialmente em regime fechado) e sete meses de detenção (que pode ser cumprida somente em regime aberto ou semiaberto). Deste total, já foi subtraído 19 dias em que ele ficou preso quando foi deflagrada a Operação Monte Carlos, em março de 2012.

Byron foi condenado pelos crimes de associação criminosa, advocacia administrativa, corrupção passiva (duas vezes) e violação de sigilo funcional (cinco vezes).

Além da pena e da destituição do cargo, o delegado também terá que pagar 680 dias-multa, sendo que cada dia foi fixado em 1/20 do salário mínimo vigente na época dos fatos, acrescido de correção monetária.

Segundo o juiz, o delegado recebeu ao menos R$ 165 mil em propina para atuar em favor de Cachoeira. Ele foi flagrado em escutas telefônicas com o contraventor nos quais repassava informações privilegiadas sobre as investigações em troca dos benefícios financeiros.

Byron já havia sido demitido da PF em setembro de 2013, em decisão administrativa. A nova medida ocorre em âmbito judicial.

Operação Monte Carlo
Acusado de chefiar um esquema de exploração ilegal de caça-níqueis em Goiás, Cachoeira já havia sido preso em fevereiro de 2012, quando a Operação Monte Carlo foi deflagrada pela PF e o Ministério Público Federal. Ele ganhou liberdade em 11 de dezembro do mesmo ano.

A operação revelou ligação entre o contraventor e o ex-senador goiano Demóstenes Torres (DEM). De acordo com o MPF, o ex-parlamentar é acusado de prática de corrupção e advocacia administrativa em favor de Cachoeira.

Desde então, Cachoeira já foi condenado pelos crimes de peculato, corrupção, violação de sigilo e formação de quadrilha. A última condenação foi no dia 23 de setembro, por violação de sigilo funcional, com pena de três anos de prisão. Ele responde aos crimes em liberdade.

No dia 30 de junho de 2016, Cachoeira foi novamente preso, no condomínio de luxo onde mora, em Goiânia, durante a Operação Saqueador, deflagrada pela Polícia Federal. A ação teve como objetivo prender pessoas envolvidas em um esquema de lavagem de R$ 370 milhões desviados dos cofres públicos. Ele foi solto no dia 17 de agosto para cumprir pena em casa, em Goiânia.

Fonte: G1

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