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Autores das melhores redações são premiados em Piranhas

As estudantes Maria Gabrielly Sousa Astofé, 13 anos, e Ana Vívia Gontijo, 22, ganharam um Smartphone cada

26/05/2017, às 03h05

O Jornal O+Positivo concluiu na noite de ontem, quarta-feira (24/05), um episódio novo, transformador e inesquecível em sua história. A premiação do Primeiro Concurso de Redação realizado pela empresa de comunicação em parceria com a Prefeitura de Piranhas, por meio da Secretaria Municipal de Educação, coroou os 12 anos do Jornal O+Positivo, completados em 2017.

O evento, que aconteceu no Auditório Sebastião Pereira Bueno da Câmara Municipal de Piranhas, reuniu autoridades do município, como o prefeito Eric de Melo, o editor chefe do Jornal O+Positivo, João Santana, a secretária municipal de educação Karlla Christine, e, claro, estrelas da festa, que foram as pessoas que escreveram redações com o tema proposto e enviaram seus textos acreditando na idoneidade da instituição que organizou o Concurso. Também participaram representantes da Câmara de Vereadores, Sindicato Rural de Piranhas, CL Supermercado e Distribuidora de Bebidas, loja Intel Telefonia Celular e Fazenda 4 Irmãos, que foram parceiros do Concurso.

A competição recebeu dezenas de redações entre os dias 10 de março e 10 de abril. A partir daí a Secretaria Municipal de Educação de Piranhas iniciou um trabalho de leitura de todas as narrativas. Conforme anunciado durante a realização do Concurso, duas pessoas ganhariam Smartphones novos.

Entre as redações, duas chamaram a atenção do grupo de professores que participou da seletiva dos textos. “As aventuras na Serra Negra”, escrita por Maria Gabrielly Sousa Astofé, 13 anos, estudante da Escola Municipal Gercina Teixeira, aluna da professora Ana Dias e da diretora Shirley Fernandes, e “O mirante onde se vê Deus”, de autoria da estudante de Fisioterapia e artesã Ana Vívia Gontijo, 22 anos, que é piranhense mas atualmente não mora no município. As jovens escritoras receberam Smartphone Samsung J7 e Smartphone Samsung J5, respectivamente, pelos primeiro e segundo lugares. Por não morar em Piranhas, Ana Gontijo foi representada pelo avô, José Maria.

Com o Concurso, o Jornal O+Positivo os objetivos de incentivar a visitação de um dos pontos turísticos de Piranhas, despertar a conscientização na comunidade e mostrar o quanto é importante preservar esse ambiente, foram cumpridos.

O editor chefe e diretor do Jornal O+Positivo, João Santana, agradeceu o apoio dos parceiros e disse que, sem eles, seria impossível a realização do Concurso. O empresário e jornalista lembrou ainda o alcance das notícias e postagens publicadas sobre o Concurso. “Foram mais de 100 mil clicks nos conteúdos relacionados ao tema através de nossos canais. Mais de 1,5 mil leitores interagiram de alguma forma com o tema, portanto o objetivo foi alcançado com louvor”. João Santana acrescentou que essa foi apenas a primeira edição e que o Concurso vai continuar com novos temas propostos.

O prefeito Eric de Melo parabenizou a iniciativa do Jornal O+Positivo e da Secretaria Municipal de Educação pela parceria. Segundo o advogado por formação, “coisas boas acontecem quando existe uma confluência de interesses maiores, quando há esse movimento das instituições para realizar essas ações positivas”. Ainda de acordo com o gestor, “é emocionante ver as pessoas traduzir os sentimentos e materializar isso para deixar para a posteridade. Todos que dispuseram a participar já são vencedores” disse o prefeito que também lembrou que “superamos em muito as expectativas”.

A secretária de educação do município, Karlla Christine Fonseca, avaliou as redações como “bem redigidas” e dando “destaque as belezas de nosso município”. Sobre a equipe selecionada para ler e avaliar as redações recebidas, a secretária disse que houve “empenho”. Ela explicou que “a identificação foi feita apenas após todo o processo de avaliação e as duas redações selecionadas são narrativas de histórias vividas no alto da Serra Negra, conforme preconiza o edital”. Karlla também agradeceu a parceria e parabenizou todos os participantes.

Um dos parceiros, a Câmara de Vereadores, foi representada pelo presidente da Casa, João Leones. Para ele “os prêmios serão entregues apenas a dois participantes, mas eu considero todos que escreveram vitoriosos”. O vereador ainda parabenizou pela iniciativa dos organizadores, que ele chamou de “brilhante”. “No que depender da Câmara, estaremos de portas abertas para novas parcerias e apoio a iniciativas como essa, que valoriza o nosso município e estimula o aprendizado”.

O presidente do Sindicato Rural de Piranhas, Dermison Ferreira, que também apoiou o Concurso de Redação, entendeu que a ação “movimentou a cidade” e por isso a instituição foi parceria. “Nós queremos um turismo forte em nosso município e o Mirante é um desses pontos. Aos que enfrentaram os desafios de materializar as ideias, o nosso reconhecimento e gratidão. O melhor prêmio são as redações que vocês construíram”, disse.

Representando o cursilho, movimento responsável pela reconstrução da Estátua do Cristo, no alto da Serra Negra, Odaíldo Queiroz parabenizou os participantes e falou sobre a reconstrução da estátua. “Vamos estabelecer parcerias e somar forças, para preparar melhor aquele ambiente para os visitantes. Ali é um ponto turístico de todos. A partir de agora teremos mais força, sabendo que toda a comunidade está empenhada nesse objetivo”.

Leia abaixo as redações vencedoras:

As aventuras na Serra Negra

Tudo começou quando a minha mãe apareceu, na portada escola, já estava pensando coisas negativas , cheguei nela e perguntei:

– Aonde vamos?

-Vamos subir a serra.

Eu já comecei:

-Mãe, pelo amor de Deus, é muito longe.

Mas não teve jeito, ela estava irredutível.

Antes de subir a serra passamos na casa da Vanessa, amiga da minha mãe, que iria também, junto com o seu esposo e sua filha Sophia. Lá deixamos nosso carro e seguimos no dela. O começo subimos de carro, até que não deu pro carro subir mais.

Começamos a andar, na primeira subida eu já estava cansada porque eu sou sedentária e por viver na internet não tenho tempo para correr e caminhar.

Um pouco mais adiante morrendo de cansaço fiquei com vontade de ir ao banheiro. Pensei, vou na frente e quando eles estiverem longe de mim eu faço, porém a menina (Sophia) achou que e estava brincando ou provocando uma corrida e começou a correr atrás de mim, tive que segurar mais um pouco.

Eu e a Sophia íamos bem na frente dos adultos, paramos para descansar , ao meu pedido, é claro. Não se passaram nem cinco minutos, o esposo da Vanessa, que era um pouquinho mais velho, já estava na nossa frente, paramos de descansar e começamos a andar novamente. A minha mãe e a Vanessa ficaram para trás.

Depois de uma hora mais ou menos, que contavam como um dia para mim, chegamos no Cristo, ou seja, na pedra, porque infelizmente ele caiu. Subimos na pedra, deitamos, tiramos fotos, e a primeira coisa que eu fiz foi mexer no celular. O homem teve uma ideia de descer na pedra do PT, falei que ia também junto com minha irmã e a filha dele, porém fiquei com sede e fui buscar minha garrafinha, quando fui ver já tinham ido, fiquei para trás. Então sentei em um monte de brita e comecei a mexer no celular, foi quando me surgiu a ideia de esconder a chave do carro da minha mãe entre as britas, para que ela ficasse procurando. Feito isso, esperei, que ela percebesse que a chave havia sumido, mas nada, então desisti e comecei a procurar a chave, porém eu não a encontrava, comecei a surtar e pensar se ela soubesse, ela me jogaria daqui de cima, mas graças ao bom Deus eu encontrei.

Quando eles voltaram da pedra do PT, decidimos descer, pois havia uma chuva vindo, começamos a descer correndo foi quando fique estressada pois até para descer tinha subida. A chuva nos alcançou, o marido da Vanessa tinha uma porchete, basicamente ele ficaria rico, por que todos lhe entregaram os celulares pra não molhar. E a chuva só engrossava, já estava formando enxurradas, e quase caí, pois era muito inclinado, era difícil para subir e também para descer porque era complicado conseguir parar e chuva não ajudava nem um pouquinho, completamente molhada parei de correr, pois não adiantava mais.

Quase terminando de descer a serra, parou de chover, aí veio a questão do carro, porque não tínhamos trazido toalhas, foi nessa hora que imagino que minha mãe tinha pensado. Ainda bem que não vimos em nosso carro. Infelizmente o carro teve que ficar molhado.

Chegamos na casa da amiga da minha mãe, pegamos o carro e voltamos para casa, tomamos um belo banho e voltamos para casa da Vanessa, para jantar. Eu sempre tenho vergonha de repetir na casa das pessoas na qual eu não sou próxima, mas naquele dia teve, depois da enorme caminhada. E não foi só uma vez, mas três. Logo após, nada melhor que a nossa cama. Lição do dia: as vezes é muito bom deixar a internet de lado, não deixe que ela influencie o seu relacionamento com as pessoas e nem que você perda as maravilhas da vida.

Maria Gabrielly Sousa Astofé, 13 anos, estudante e primeiro lugar no Concurso

O mirante onde se vê Deus

O dia clareava, e enquanto o sol nascia, o Cristo de braços abertos começava a derramar as bênçãos por toda a cidade. As pessoas felizes na rua, indo comprar seu pão, cumprimentavam umas às outras, afinal, não poderia ser diferente na cidade mais hospitaleira e acolhedora do estado de Goiás: A singela Piranhas.

Ali a menina nasceu, cresceu brincando nas ruas, andando de bicicleta com o avô, tomando sorvete na pracinha e subindo a serra. Esse último programa não podia faltar, e o avô por saber da importância que aquilo tinha para ela, não ousava negar o pedido. Subiam quantos dias ela pedisse, cansados ou não.

Subiam porque era tão bonito, o ar era tão puro, as árvores de variados tamanhos. As pedras que muitas vezes a fizeram tropeçar e cair eram os únicos obstáculos que aquela criança tinha. E aqueles mesmos obstáculos que ela ultrapassava pelo caminho, a ensinariam a ultrapassar os obstáculos da vida, que viriam mais tarde, bem longe dali.

Já encontraram cobras, ratos, lagartixas aos montes, até os camaleões da ponte do rio, pois o ecossistema sempre foi tão rico e bonito. Mas nada se comparava a chegada, quando vovô parava e dizia: “Veja a Vista Alegre, e aproveite para tomar uma água. ” A Vista Alegre era sinal de que o mirante estava próximo, um alívio para os pés cansados. Corriam para chegar logo, e quando chegavam, parecia que era sempre como na primeira vez, uma surpresa. Tudo estava sempre mais bonito, a cidade mais colorida, o Cristo mais alto, o sol mais brilhante. Nada se comparava ao que sentiam naquele momento.

A menina cresceu, a menina sou eu. Hoje tão distante da sua cidade querida, tão distante da família e da serra onde aprendeu a ver Deus. Tão longe de tudo que a fez ser o que é hoje, mas carregando essas lembranças em seu coração. Esquecer não seria possível, e é para isso que serve o amor. Para eternizar esses momentos, cuidar desses pensamentos e não permitir que eles se desfaçam.

Sempre que pode, ela volta, porque a saudade é tanta que muitas vezes aperta o peito. Compartilha aquilo com outras pessoas que ama, já levou amigos, o marido que na outra ponta de Goiás foi conhecer, gostaria de poder levar a todos, porque quem conhece sabe que se todo mundo pudesse ter essa oportunidade, outros tantos corações viveriam em paz. O mirante do Cristo é nosso eterno símbolo de paz.

Se todos da cidade soubessem o quanto esse lugar faz de Piranhas mais bonita, com certeza cuidariam e teriam mais zelo. Não haveria pichações, roubos, e outras depredações ao nosso mirante da serra.

Hoje, por coincidência, uma segunda feira da semana santa, a menina se lembra de tantas outras semanas santas que conseguiu passar por aí, subindo a serra rezando em penitência, fazendo disso um ato de fé e amor. E outra vez, a saudade aperta o peito. E como não sentir saudade? De um lugar onde só coisas boas invadem o coração? Digo porque minhas lembranças são uma mistura de paz, tranquilidade, alívio e amor. Digo porque a distância em nada atrapalha meus sonhos nas noites calmas e escuras de Catalão, e em muitos desses sonhos, eu sempre estou no mirante. O meu mirante. O mirante onde se vê Deus.

Ana Vívia Gontijo, 22 anos, estudante de Fisioterapia, artesã e segundo lugar no Concurso

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