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Aos 32 anos, mulher descobre ter sido trocada na maternidade do Hospital de Quirinópolis

Caso foi descoberto por acaso e deve ir parar na Justiça. Exame de DNA comprovou que mulher não tem relação sanguínea com a mãe que a criou

16/03/2017, às 17h03

Imagens divulgadas por Keila (à direita) no Facebook chamaram a atenção pela sua semelhança com aquela que provavelmente é sua irmã biológica

Parece caso de novela, mas aconteceu na vida real, e aqui em Goiás. Uma mulher descobriu por acaso que foi trocada na maternidade onde nasceu, na cidade de Quirinópolis. O caso aconteceu 33 anos atrás.

Keila Martins nasceu em 15 de maio de 1984. Naquele dia, sua mãe de criação saiu de Gouvelândia, onde mora, para dar à luz no município vizinho.

O parto foi normal e a mãe e a menina puderam voltar para casa já no dia seguinte. Porém, mais de três décadas depois, uma reviravolta deixou de cabeça para baixo a vida dos integrantes de duas famílias, que até então não se conheciam.

Como relata a própria Keila, os primeiros indícios da suposta troca surgiram há cerca de dois meses, quando uma prima revelou ter conhecido em uma igreja, em Quirinópolis, uma mulher muito parecida com ela. “A gente começou a brincar sobre isso. Eu postei uma foto no Facebook comentando a similaridade e muita gente ficava impressionada”, conta Keila.

A situação ficou mais séria quando essa mesma prima descobriu que a mulher em questão, Eliene Maciel, tinha uma irmã nascida exatamente em 15 de maio de 1984, também no Hospital Municipal de Quirinópolis. A partir daí, o que era brincadeira se transformou em uma séria suspeita.

O caso ficou mais complexo quando Keila viu imagens da mulher com quem dividiu a maternidade 32 anos atrás e percebeu que ela carregava traços de seus pais de criação – e que até então pensava serem também seus pais biológicos. “Assim como eu, ela também não se parecia muito com a mãe que a criou”, revela Keila.

Com todas essas dúvidas na cabeça, no mês passado Keila resolveu fazer um exame de DNA com a mãe, Maria Martins Pereira. “O resultado saiu ontem e deu que ela não é mesmo a minha mãe”, conta, ainda abalada.

A revelação caiu como uma bomba na família. Além de descobrir ter sido criada por uma família com quem não tem relação de sangue, Keila, criada como filha única, pode ter subitamente ganhado uma irmã aos 32 anos de idade. Enquanto isso, de repente Maria Martins descobriu que seus dois netos, de 8 e 16 anos de idade, – filhos de Keila – não possuem qualquer laço genético com ela.

Agora, a outra mulher com quem Keila teria sido trocada, Elisângela Maciel, também pretende fazer um exame com a mãe que a criou, Percília Maciel. Apesar disso, os exames que podem concluir se realmente elas foram trocadas uma pela outra na maternidade devem ser feitos somente com base em determinação judicial.

“Eu vou entrar na Justiça. Quero que os responsáveis por isso paguem pelo que fizeram”, disse Keila. “O juiz deve requerer o exame, e aí vamos descobrir se a Percília é mesmo minha mãe biológica”, pontua.

Enquanto isso não acontece, Keila já foi conhecer aquela que provavelmente é sua família de sangue. “O pai ficou um pouco assustado. Disse que eu era muito parecida com a outra filha. A mãe também ficou assustada e curiosa. Ela me abraçou e chorou”, relatou a mulher, que afirma ter se dado muito bem com a nova família. “Passei um fim de semana muito bom com eles. Me senti em casa.”

Ainda assim, Keila diz estar se sentindo perdida com tudo que tem acontecido em sua vida. “Estamos profundamente abalados. Não é uma coisa que acontece todo dia”, declara. A repercussão tem sido grande também no município onde mora e ela costuma ser abordada por pessoas também perplexas pelo ocorrido.

Ainda nesta quinta, Keila pretende ir a Quirinópolis procurar um advogado para descobrir que providências podem ser tomadas quanto a todo esse imbróglio. “Quero que os responsáveis por isso recebam o peso da lei. Não quero que ninguém mais passe por isso”, afirma.

O atual diretor do Hospital Municipal de Quirinópolis foi procurado pela reportagem, mas não atendeu o telefone pelos números fornecidos pela unidade e pela Secretaria de Saúde. Já o secretário de Saúde, Alexandre Tavares, afirmou que não tinha informações sobre o caso e, por isso, não poderia se manifestar no momento. No entanto, ele reforçou que nas últimas três décadas diversas medidas de segurança foram implementadas na maternidade do município dificultando que casos semelhantes aconteçam.

Fonte: É Mais Goiás

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